O CRUP (conselho de Reitores das Universidades Portuguesas) criou um grupo de trabalho para o abandono escolar no ensino superior que será coordenado pelo Reitor da UBI, João Queiroz.
O grupo de trabalho propõe-se fazer, até março ou abril, o levantamento do número de casos existentes, em colaboração com a tutela, sendo constituído por dois representantes do CRUP, um diretor de Serviços Académicos, um administrador dos Serviços de Ação Social e três representantes dos estudantes.
Para João Queiroz “vai ser um levantamento bastante difícil, já que há alunos que deixam de ir às aulas, mas que não anulam matrícula, sendo esta uma realidade transversal a todas as instituições de ensino superior. Mas estamos convictos de que é um diagnóstico necessário para encontramos medidas que contrariem a tendência crescente do abandono no ensino superior”.
São objetivos principais do grupo de trabalho identificar indicadores de risco que permitam antecipar uma situação de abandono escolar e propor mecanismos para fazer a monitorização quantificada do abandono escolar, em termos que permitam a comparabilidade de dados entre anos letivos e entre instituições.
Nos últimos anos, mesmo a nível internacional, o abandono escolar tem sido diretamente associado ao insucesso escolar, no entanto já há estudos que identificam as condições socioeconómicas como um dos principais motivos que está na base do abandono escolar em Portugal.
Neste sentido “as instituições devem procurar a criação de mecanismos que possam evitar a situação de abandono escolar, quer através da divulgação de soluções alternativas para financiar a frequência, quer através da identificação precoce de alunos que tenham maior vulnerabilidade e se preparem para abandonar a instituição”, sublinha João Queiroz.
Para o Reitor da UBI “esta situação não é novidade na instituição e como tal foi criado já este ano um Fundo de Apoio Social, que é um mecanismo para dar resposta às dificuldades que muitos dos nossos alunos enfrentam e desta forma lhes permita continuar a sua formação na academia”.
A Universidade, como comunidade, tem que ter, ainda com mais ênfase em momentos de crise e emergência nacionais, a preocupação de integrar todos sem exceções e, em particular, aqueles que fruto da conjuntura, sentem dificuldades acrescidas na prossecução dos seus estudos.
UBInforma nº 336 | 19 a 25 janeiro 2013
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