Decorre durante segunda e terça-feira da próxima semana a reunião inicial do novo Projecto Europeu da UBI designado de CROP – Cycloidal Rotor Optimized for Propulsion.
Este projeto visa estudar a possibilidade de utilizar propulsores de tipo cicloidal para propulsão de veículos aéreos, uma área onde o Departamento de Engenharia Eletromecânica da UBI tem vindo a afirmar-se internacionalmente. Na segunda-feira, dia 21, entre as 9h30 e as 10h30, decorrerá a sessão pública de apresentação do projeto à comunicação social e à comunidade académica no Anfiteatro 8.1 da Faculdade de Engenharia da UBI. A sessão de boas vindas aos parceiros europeus contará com a presença da Vice-Reitora para a Investigação, Profª Ana Paula Duarte, do Presidente da Faculdade de Engenharia, Prof. Mário Freire, e do Presidente do Departamento de Engenharia Eletromecânica, Prof. Abílio Silva.
O consórcio do projeto é constituído por outros cinco parceiros europeus, a Universidade de Sheffield, a Universidade de Bolonha, a empresa alemã GROB AG, a empresa austríaca IAT 21 GmbH e ainda a Universidade de Modena e Reggio-Emilia. O projeto decorrerá ao longo dos próximos 24 meses e o consórcio será liderado pelo Prof. José Páscoa, da UBI.
Os propulsores cicloidais apresentam-se como uma solução possível para aplicação em diversos tipos de veículos aéreos, sendo esse o objetivo a demonstrar com o projeto. São também de utilização possível para a propulsão em navios, onde se conhece a única aplicação real até ao momento. O mesmo tipo de rotores cicloidais pode resolver algumas das deficiências das atuais turbinas éolicas de eixo vertical. A vantagem principal destes propulsores tem origem na sua capacidade de orientarem a direção da força propulsiva em 360 graus de forma quase imediata.
Na imagem pode ver-se que o comportamento dos rotores cicloidais se baseia num biomimetismo com a forma de propulsão da cauda das baleias. A combinação dos dois movimentos, de rotação e oscilação das pás, permite desenhar a forma geométrica de uma ciclóide, sendo essa a origem do nome que empregam estes dispositivos. O projeto baseia-se ainda na utilização de energia fotovoltaica, e em células de combustível, o que permite ter o sistema a funcionar de forma amiga do ambiente.
UBInforma nº 336 | 19 a 25 janeiro 2013
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