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ed. 589 | 28 julho a 3 agosto 2018

 

Software inovador no controlo da dor made in UBI

 

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Um dispositivo médico inovador, Doctor Mobille, foi apresentado esta semana por Nuno Pombo, aluno da UBI, através da defesa da sua tese de doutoramento. Esta nova invenção consiste numa aplicação instalada no smartphone ou tablet do paciente, onde constam os medicamentos e a hora a que devem ser tomados, confirmar a toma dos medicamentos e complementar essa informação com o registo de dor que está a sentir, de acordo com uma escala numérica.

Segundo Nuno Pombo “O sistema visa obter de forma fácil e rápida a informação inserida por cada paciente, de acordo com um protocolo de tratamento estabelecido pelo médico.” O software usado pelo paciente não é propriamente uma novidade,  mas aquilo que o torna único é o facto deste sistema permitir a ligação do paciente ao médico, além de dispor de vários algoritmos que tratam a informação inserida pelo paciente e auxiliar a decisão médica.

Este projeto, desenvolvido em parceria com a PT e a Sapo, irá permitir que os dados sejam analisados posteriormente pelo médico num sistema computorizado, que foi desenvolvido igualmente no âmbito deste trabalho, e que irá gerar dados de apoio à decisão médica que poderá ser a mudança no tratamento do paciente, intensificar a dosagem ou alterar um medicamento.

O sistema já foi testado através de ensaio clínico na Unidade de Ambulatório do Hospital Sousa Martins, na Guarda, durante oito meses, e envolveu cerca de 80 pacientes com dor aguda. “Os resultados desse estudo foram bastante animadores e já estão, inclusivamente, publicados em revistas internacionais” salienta Nuno Pombo, acrescentando que os ensaios vão prosseguir: “Já temos contactos de hospitais estrangeiros, nomeadamente do Reino Unidos e do Sudoeste asiático que pretendem aplicar este sistema às suas realidades. Está também previsto um ensaio clínico com a duração de três a seis meses em doentes com dor crónica que será realizado no CHCB.”

Um dos objetivos é que este software (sistema) seja prescrito como é prescrito um medicamento. Pretende-se que faça parte do protocolo de tratamento dos doentes com dor aguda e dor crónica.

O dispositivo tem um potencial mercado de três milhões de portugueses que sofrem de dor crónica, a que podemos acrescentar as cerca de 500 mil intervenções cirúrgicas feitas em Portugal que obrigam a um controlo da dor aguda.  “E, mais do que o interesse desse mercado, é a oportunidade de dar melhor qualidade de vida às pessoas que sofrem com dor aguda ou crónica”, remata o novo doutor pela UBI.

 

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