O investigador do CICS e aluno de doutoramento em Bioquímica André Moreira, apresentou, ao abrigo do programa INESPO, um penso inovador de micro-agulhas que visa substituir a tradicional vacina.

O penso com micro-agulhas penetra na camada superficial da pele, não provoca dor e não precisa de entrar na corrente sanguínea, não sendo "necessário entregar uma grande dose porque não tem de andar por toda a corrente sanguínea", explicou André Moreira.

As vias tradicionais de administração de fármacos têm "desvantagens", tanto pelo "desconforto e dor" das vacinas, como pelas grandes doses utilizadas pelos medicamentos por via oral, sendo que há uma interação das moléculas bioativas com tecidos saudáveis.

Com este novo produto, pode-se "facilitar a acessibilidade a medicamentos", não é necessário "ser uma pessoa treinada" para o administrar e pode levar a uma redução de custos, apontou o jovem investigador, salientando que pretende estabelecer contactos com a indústria farmacêutica para produzir o produto.

O projeto foi apresentado em Coimbra, no âmbito do concurso de protótipos inovadores do Programa INESPO, que conta com várias universidades do centro do país e também de diferentes regiões de Espanha.

“Este é um  dos 15 protótipos desenvolvidos ao longo da segunda edição do INESPO, que decorreu entre 2013 e 2015, que atribuiu bolsas a alunos e investigadores para desenvolverem produtos aplicáveis ao mercado”, salienta Mário Raposo, vice-reitor da UBI e coordenador geral da iniciativa. Entre outras coisas, o INESPO também promoveu um programa de "capacitação empreendedora" a cerca de 150 investigadores e ajudou a desenvolver 40 planos de negócio e seis 'spin-offs', acrescentou.

O projeto é para continuar e pretende-se que, na terceira edição, haja uma aposta em ferramentas para a "internacionalização", reforçou o Vice-reitor da UBI.

O INESPO contou com um financiamento de 938 mil euros.

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